terça-feira, 30 de outubro de 2007

PARA QUEM DEVEMOS CONSTRUIR PONTES?


“Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo... Rogamo-vos da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus”.
II Coríntios 5:19, 20


Já compartilhamos, em outra oportunidade que Deus nos deu o Ministério da Reconciliação. Esse ministério seria o equivalente a construir pontes. Hoje quero compartilhar para quem devemos construir pontes.
Somos chamados para construir pontes entre os pais e os filhos. Há um abismo no relacionamento entre pais e filhos, cada dia o amor entre eles se esfria. As decisões tomadas não levam o outro em conta. O distanciamento entre pais e filhos têm produzido pessoas doentes na alma. Malaquias 4:6 há uma promessa: “Ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos aos pais”. Somos chamados por Deus como instrumentos pelos quais Ele cumprirá essa promessa.
Somo chamados para construir pontes entre marido e mulher. O casal é a base do lar. Homem e mulher foram chamados por Deus para tornar Seu projeto de Família uma realidade na terra. O divórcio, o descompromisso e o crescente ataque da mídia à família têm minado as relações conjugais. Somos chamados para restaurar o relacionamento conjugal.
Somos chamados para construir pontes entre Deus e as Pessoas. A Bíblia diz que as pessoas não encontrarão razão para viver se não se chegarem a Deus. O pecado tem separado as pessoas de Deus, o Pai que deseja a volta de seus filhos e, por isso, enviou Seu Filho Jesus para nos salvar morrendo na cruz. Nós que fomos salvos por esse amor, somos chamados para demonstrar esse amor de Deus aos perdidos desta geração.
Você tem respondido ao seu chamado?

CONSTRUTORES DE PONTES




“Tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação”.
II Coríntios 5:18

O final do ano é oportuno para reavaliações, decisões e mudanças. É também tempo para se avaliar a vida com Deus. Tempo de reconciliação, de se virar à página, eliminar velhos rancores e mágoas e recomeçar. Paulo trata desse assunto nessa passagem, trazendo à memória o que Deus fez através de Jesus Cristo. Quando diz que nos reconciliou consigo e nos deu o ministério da reconciliação, o apóstolo está afirmando que, além de construir uma para que chegássemos à Sua presença, nos deu a missão de sermos construtores de pontes. Como age um construtor de pontes?
Primeiro, ele segue um projeto. Assim como o bom construtor segue um projeto arquitetônico traduzido em plantas detalhadas, para sermos construtores de pontes devemos seguir o projeto que Deus elaborou antes da fundação do mundo de reconciliar a humanidade consigo por meio de Jesus Cristo. “Tudo isso provém de Deus”. Esse projeto é detalhado e mostra que as pessoas se reconciliarão com Ele através do testemunho pessoal que damos do Seu perdão, da vivência dele na família, nos relacionamentos em geral e com os irmãos da igreja.
Segundo, ele usa o material certo. Assim como o bom construtor se preocupa com a qualidade do material usado na construção, nós, como construtores de pontes devemos nos preocupar em usar o material adequado para isso. Pessoas se unem pelos mais diversos motivos, alguns até escusos. A reconciliação que promovemos é baseada unicamente na verdade de que Deus reconcilia a humanidade por meio de Jesus Cristo e o seu sacrifício na cruz. Isso tem de ser deixado bem claro àqueles que queremos trazer para Deus.
Por último, nunca deixemos de lembrar o propósito da ponte. Assim como o bom construtor faz a ponte pensando que ela vai ligar dois lugares separados por barreiras antes intransponíveis, nós, precisamos ter em mente que fomos chamados para construir pontes entre as pessoas e Jesus através de nossas vidas, para que Ele as transforme em nova criação e as leve a Deus, o Pai, como filhos restaurados, como ele fez conosco.
Onde você precisa construir pontes?































quinta-feira, 6 de setembro de 2007

ATO PROFÉTICO

"Fazer justiça e julgar com retidão é mais aceitável ao Senhor do que oferecer-lhe sacrifício".
Provérbio 21:3

A foto acima registra um vazamento de água ocorrido na Câmara dos Deputados em Brasília, e os homens trabalham para limpá-la.

Ela me despertou por causa de tudo o que está ocorrendo naquela que deveria ser a casa dos representantes do povo. Lembrei-me do mar de lama que tem corrido por debaixo dos holofotes e que tem minado sua credibilidade, agora, para completar, atingindo o próprio presidente da casa.

Não quero aqui fazer julgamentos precipitados, já que, devido á frequência dos escândalos, tornou-se lugar comum condenar antes mesmo de ser julgado. Contudo, não se deve ignorar que a corrupção tem manchado a autoridade dos governantes do país.

Deprimente, também, é o teatro onde alguns se posicionam como baluartes da moralidade quando, na verdade, talvez fizessem o mesmo debaixo dos panos, resguardando aqui os campeões morais da casa que, infelizmente são poucos mas, existem.

O texto acima me lembra que o Deus que a Bíblia apresenta é ama a justiça e a valoriza como sendo uma verdadeira adoração. ninguém pense que escapará incólume ao seu julgamento. Fazer justiça e julgar com retidão é o mesmo que ser imparcial ainda que, com prejuízo próprio, coisa que não acontece no Brasil. Ser justo é um ato de culto.

Minha oração é que o avivamento de Deus chegue nesse país, e que revolucione, por meio da igreja, até as instituições democráticas. Quero encarar a foto acima como um ato profético, assim com a água que vazou foi limpa em pouco tempo, que o mar de lama seja removido o quanto antes, para que Deus possa abençoar essa terra e sarar suas feridas.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

A HONRA DO IDOSO


"Não repreendas asperamente o idoso, mas exorte-o como se ele fosse seu pai".
I Timóteo 5:1
É extremamente deprimente o tratamento que se dedica aos idosos. Numa sociedade capitalista, onde o valor é medido pelo que se produz e a memória é nula por causa da idéia o melhor é o que está na frente, percebemos o amor esfriando dos filhos pelos seus pais, colocando-os em asilos e esquecendo-os lá para morrer à míngua.
Parece que esquecemos que esses homens e mulheres que chegaram à velhice foram os construtores da sociedade que hoje desfrutamos, deram seu suor, força e energia para que o país se desenvolvesse. Sacrificaram-se, às vezes ao extremo, para que seus filhos tivessem uma boa educação formal, pagaram o preço de não poderem estudar por causa das crises que assolaram o seu tempo de juventude, tendo que pegar no batente ainda novos.
Parece que esquecemos que esses anciãos investiram cada centavo para terem uma vida digna no final, e, o que este país faz é um crime com suas aposentadorias, e planejam o pior, diminuir o benefício por causa da quantidade.
Parece que nos esquecemos de que um dia nós, todos nós, teremos a idade deles. A maneira como os tratamos, ensinamos nossos filhos a nos tratar também.
Quando estive em São Paulo, eu ouvi uma canção regional que falava de um pai que, sem ter para onde ir, foi morar na casa do filho, mas o conflito que a esposa gerou por causa da presença do ancião foi tamanho, que ele decidiu despachar o pai sem destino. Na saída, lhe deu um cobertor de couro. O neto, que a tudo assistia em silêncio, quando o avô se distanciava, o chamou e, com uma faca, foi até ele e corou a metade do cobertor, beijou o avô e voltou para seu pai que o perguntou: "Por que você cortou o cobertor meu filho?" perguntou o pai. "para dar ao Senhor quando despachá-lo na velhice!". Disse o filho.
Jesus disse que tudo o que queremos que as pessoas nos façam devemos fazer a elas primeiro.
A bíblia reserva uma honra especial aos velhos, os cabelos brancos são símbolos de sabedoria, experiência, os idosos deveriam ser honrados, colocados como conselheiros de governantes, consultados no meio da crise.
Paulo dá uma orientação em relação ao idoso para Timóteo. Trate-os com o mesmo respeito que você reserva a seu pai. Timóteo, apesar de ter tido pai grego, foi criado por sua avó e sua mãe, mas isso não o impediu de cumprir a determinação, que, apesar de ter sido uma instrução para um pastor, serve para todos nós.
É profunda falta de respeito ter de estabelecer leis para que o idoso seja reconhecido, honrado e recompensado pelo sua contribuição. É pecado a maneira como se trata um velho nesse país. Deus vai pedir contas. Precisamos ser cristãos verdadeiros, que vivem o que pregam também em relação ao idoso.
"Não repreendas asperamente o idoso, mas exorte-o como se ele fosse seu pai".

terça-feira, 28 de agosto de 2007

A HERANÇA DOS MANSOS




"Quão felizes são os mansos, pois eles herdarão a terra".
Mateus 5:5

Mansidão é sinônimo de humildade e é uma das características do cristão. É uma disposição de obedecer a Deus de forma confiante e alegre. Essa bem-aventurança se baseia no Salmo 37:11: "Mas os humildes receberão a terra por herança e desfrutarão pleno bem-estar".

A mansidão é parte do caráter do próprio Deus que, apesar do seu poder e justa indignação com o pecado, é o seu amor e misericórdia quem se manifesta no final. Davi disse uma vez quando Deus mandou escolher qual castigo sofrer por uma falta grave cometida: "Prefiro cair nas Tuas mãos a cair nas mãos dos homens, porque o Senhor é misericordioso".

Quais os aspectos da mansidão de Deus? O primeiro é que, a despeito de ser o Altíssimo Rei do Universo, se aproxima do ser humano para exaltá-lo. Salmo 18: 35 diz: "Tu me dás o teu escudo de vitória; Tua mão direita me sustém, desces ao meu encontro para exaltar-me". Quando decidimos confiar plenamente em Deus e pararmos de lutar contra sua vontade e, humildemente nos submeter, Ele nos exalta diante de todos, inclusive dos inimigos. ele não se ressente de compartilhar suas bênçãos conosco. É esse aspecto de Seu caráter que está descrito no Salmo 23: "preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos".

Um outro aspecto é o seu afeto e carinho por nós. Isaías 40:11 diz: "Como pastor ele cuida de seu rebanho; com o braço ajunta os cordeiros e os carrega no colo; conduz com cuidado as ovelhas que amamentam suas crias". Deus nos trata com amor e se importa com cada detalhe de nossa vida, inclusive com as circunstâncias pelas quais passamos. É companhia nas alegrias e nas tristezas.

Um outro aspecto é a sua notável determinação para restaurar o quebrado, encontrar o perdido, curar o doente e perdoar o pecador. Isaías 45:3 diz: "Não quebrará o caniço rachado, e não apagará o caniço fumegante, com fidelidade fará justiça". Deus não tem prazer na destruição de uma pessoa derrotada, quebrada por causa de seus erros, e pancadas levadas na vida. Ele não termina de quebrar o que está rachado e nem acrescenta peso à culpa do pecador, seu objetivo de restaurar, fazer justiça, trazer de volta o que estava perdido.

Portanto, quando Jesus exalta a mansidão, não o faz porque Deus é um líder tirano opressor que se interessa pela passividade dos liderados. Mas porque conhece o Pai como um Deus cheio de mansidão, de serenidade e amor no trato com seus filhos, e ansioso pela volta daqueles que se perderam no meio do caminho.

Por isso o Autor de lamentações declara que Deus é a sua esperança quando diz: "Agora, porém, quero trazer à memória aquilo que me dá esperança: As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, pois o seu amor não tem fim. Ele se renova a cada manhã". Lamentações 3:21-23

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

MAIS-QUE-VENCEDORES


O Encerramento do PARAPAN deixa saudades e profundas lições.


Todos os seus participantes tinham em seu corpo alguma limitação física, alguma deficiência de nascença ou acidental. Todos tinham motivos suficientes para se recolherem em depressão ou revolta pelo que a vida lhes privou, e viver entregues, dependentes, como desistentes da vida.


Quando eu vejo a foto acima, contudo, enxergo mais que vencedores que não se entregaram, não se conformaram e nem permitiram que as ditas deficiências físicas limitassem sua existência, antes, através do esporte, com determinação e garra, fizeram delas obstáculos a serem superados, um mero detalhe a mais na superação dos limites tornando-se exemplos para quem decidir não permitir que nenhuma barreira os impeça de viver. Meus parabéns a todos os atletas que participaram deste evento.


Esses paraatletas me lembram o que o Autor da carta aos Hebreus falou a seus leitores em Hebreus 12:1,2: "Portanto, também nós que estamos cercados por tão grande núvem de testemunhas, livremo-nos de todo o peso e do pecado que tão de perto nos rodeia e corramos a carreira que nos foi proposta, olhando fixamente para Jesus, Autor e Consumador da nossa fé".


A Bíblia compara a nossa vida com uma maratona, uma corrida de resistência, onde a perseverança é condição fundamental para vencer. Nessa corrida não vence quem não tem fraquezas, ou limitações, não é uma carreira para "perfeitos". Todos nós por causa da nossa natureza carnal, somos marcados por deficiências e limitações espirituais, que nos distanciam de Deus.


Sendo assim quem vence tal corrida?


Aquele que segue o exemplo de fé de quem já terminou a corrida. O capítulo 11 nos dá uma lista de pessoas que, conquanto limitadas e tão humanas quanto nós, venceram, chegaram ao final, algumas conhecidas, outras anônimas, mas todas exaltadas por Deus como "pessoas dos quais o mundo não era digno". Elas não tinham nada de especial, apenas souberam correr conforme as instruções dadas por Deus. O que fizeram e nós devemos fazer também?


Devemos nos livrar dos pesos desnecessários, dos pensamentos, atividades que atrapalham a caminhada, do ativismo em excesso, dos complexos e fortalezas espirituais, dos pensamentos fixos de derrota. É preciso se livrar dos pesos.


Além disso, devemos nos distanciar do pecado, das práticas que entristecem a Deus, que força a pessoa a andar para trás e, a cada dia, aproximarmos de Deus, cônscio de que, quanto mais próximo dele, mais longe do pecado.


Também precisamos decidir nunca desistir. Perseverança é assumir um compromisso de continuar aconteça o que acontecer. Não existem vitória sem determinação de superar os limites, deficiências e fraquezas no poder do Espírito Santo.

Para vencer, contudo, é fundamental ter a mente focada em Jesus Cristo, olhar para a linha de chegada e continuar em direção a ela até chegar. É esperar receber dele o abraço, o elogio, o aplauso, ele tem dito a você durante a caminhada: "continue, vai valer a pena". Todo o sofrimento e esforço, toda superação será recompensada pela coroa que está reservada no final.

Os paratletas me lembraram a minha corrida espiritual, do que preciso e posso, em Deus, superar, de olhar para aqueles que já venceram, abandonar tudo o que possa me impedir de chegar ao final e a não desistir por nada, porque quero ouvir o meu Senhor dizer quando eu chegar: "Você é um filho em quem eu tenho prazer, que me dá alegrias!". Vale a pena o preço a ser pago agora.

Aos paratletas meus parabéns, e meu muito obrigado! Vocês merecem o nosso respeito!






sexta-feira, 17 de agosto de 2007

FÉ APESAR DE TUDO


A mídia tem noticiado sobre o terrível terremoto que assolou o Perú essa semana. O quadro é assolador. Mais de quinhentos mortos, corpos espalhados pelas ruas e casas, milhares de desabrigados. Ainda não se chegou a números reais da tragédia, que repercutiu no Brasil e até no Japão.

Hoje me deparei com a foto acima. Uma mulher peruana sentada em frente aos escombros de sua casa lendo a Bíblia. Pode-se especular sobre as razões que a levaram a isso, descobrir as razões, buscar conforto. Sabemos que igrejas foram destruídas nesse episódio.

Essa cena me faz refletir sobre os grandes enganos que têm assolado a teologia evangélica brasileira. Hoje está popularizado o ensino da teologia da prosperidade que prega a riqueza material como bênção de Deus, que o cristão está imune à doenças e sofrimento, tal teologia não prepara as pessoas para enfrentar situações como às dessa mulher.

A Bíblia nunca nos prometeu ausência de aflição, mas a certeza da vitória, do consolo. do conforto e da presença de Deus conosco. O estar no mundo nos faz sujeitos às tragédias do mundo, Jesus mesmo deixou claro que o sol nasce para justos e injustos e os problemas também. O xis da questão não são as tribulações mas como nos comportamos dentro delas, como reagimos a elas, como nossa fé se posiciona frente às tempestades.

Quero imaginar essa mulher com o coração apertado, não sei se perdeu parentes e familiares nem se tem para onde ir. O que sei é que sua decisão de abrir a Bíblia reflete a sua fé. Quero crer que, em frente aos escombros de sua casa, de suas lembranças de uma vida inteira, esteja buscando ao Senhor e dizendo no auge da sua dor:

"Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no Senhor, exulto no Deus da minha salvação. O Senhor é a minha fortaleza e faz os meus pés como os da corça, e me faz andar altaneiramente." Habacuque 3:17-19

Por mais dolorido e terrível que seja a prova, tanto maior será a graça de Deus sobre nós. É fácil ter fé quando tudo está bem, contudo, depois de tão terrível terremoto, tantos mortos, tantos feridos e desabrigados, a fé continua afirmando, confiando, crendo que Deus é Deus. Fé para ser fé tem de ser fé apesar de tudo.