quinta-feira, 9 de agosto de 2007

O CHORO DE QUEM VÊ A INJUSTIÇA




“Quão felizes são os que choram,pois serão consolados”
Mateus 5:4



Quem chora terá consolo.

A sensibilidade é uma característica do filho de Deus. Por mais trágicas que sejam as situações enfrentadas, como disse Che Guevara, ele nunca perde a doçura, mas se recusa a deixar-se cauterizar, endurecer, represar, se acostumar com o mal como algo normal,banal, a chamar o erro de acerto e o acerto de erro.

Paulo diz que “o amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade” (I Coríntios 13:6). O lamento pela injustiça é o choro de quem ama a verdade, por causa do evangelho. Não é um choro de murmuração ou revolta, mas de dor de um coração que se importa com a situação, contudo, entrega a Deus porque confia que “o Senhor faz justiça e defende a causa dois oprimidos” (Salmo 103:6).

Esse pranto não é daquele que sofre a injustiça somente, mas a vê se estabelecendo como um sistema, uma prática, uma cultura. Ele enxerga a situação geral, vê a desesperança que provoca nas pessoas e, não conseguindo ficar indiferente a tudo isso, chora, sentindo um pouco o que Deus sente.

O choro da injustiça é uma reação de indignação justa ao que está errado, é a ira que não peca. É o grito de alerta ao mundo que haverá conseqüências sérias para quem insistir em viver fora dos propósitos de Deus. A Bíblia diz: “Bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade sobre os que tais coisas fazem” (Romanos 2:2).

É preciso uma dose maior de maturidade espiritual para sair do egocentrismo, da zona de conforto e voltar os olhos para o que está ao redor, e reagir com tristeza e indignação ao estado de injustiça, impunidade e desprezo pelo que é correto que reina na sociedade em geral. Quem vai a Deus interceder chorando pela causa da justiça no mundo tem consolo garantido.

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